Costurando Métodos e Modelos
Era para ser apenas um post. Virou uma aula.
PUXEI O ASSUNTO NO post anterior: o Pensamento Sistêmico, para pegar, precisa de alguma coesão e maior coerência. Ele precisa se tornar um Sistema1! Sugeri uma costura de métodos e modelos. Não para inventar um novo processo unificado. Mas para oferecer um jeito prático e pragmático de aplicação. Gatilho e motivação vieram de Buckminster Fuller:
Se você quer mostrar às pessoas um novo jeito de pensar, não perca o seu tempo tentando ensiná-las. Em vez disso, dê-lhes uma ferramenta cuja utilização levará a novas formas de pensar.
Rabisquei um índice:
O cubo, desmanchado em duas dimensões, nos dá as linhas da matriz. Nas colunas, veja só, parece que podemos colocar qualquer área de conhecimento2. As três áreas contempladas foram suficientes para me levar para outros lugares, outras questões:
Quanta redundância encontramos em cada linha?
Muitas, por conta das áreas selecionadas. E olha que nem considerei uma coluna para as opções do Design Thinking3.Há combinações ganha-ganha (modelos que se enriquecem mutuamente)?
Sim. Há boas oportunidades (inexplicavelmente pouco exploradas).
Tem um tempão que colei JTBD, OKRs e Jornada de Clientes num Mapa de Histórias, por exemplo. Foi fácil. Mais sofisticada é a conversa entre um Mapa Wardley, Mapa de Diálogos (IBIS + Método dos Seis Chapéus) e Mapa de Histórias4.O que faria um modelo/ferramenta/método conversar naturalmente com outro (em qualquer posição da matriz)?
Uma linguagem, vocabulário e ontologia compartilhados. O problema é que TI adora mnemônicos, caractere$ especiais e siglas enigmáticas ao nomear as suas coisas; Tem negócio que não vive sem um anglicismo, trocentos jargões e n ambiguidades; O Pensamento Sistêmico, espremido entre eles, tem chance de impor algum padrão? Talvez.
Aula de Modelagem
Eu confesso que não sei bem o que fazer com tudo isso. A parte melhor costurada virou uma Aula de Modelagem. Bons exemplos respingaram no Curso de Pensamento Sistêmico. E eu ainda tenho muito o que escrever aqui. Especificamente sobre modelagem. Porque:
É a parte visível, palpável do Pensamento Sistêmico. Num mundo que privilegia entregáveis em detrimento do caminho que levou até eles, eu preciso estampar figurinhas bonitas nesta vitrine. Bem assim:
A modelagem é a forma mais rápida, segura e econômica de aprender.
Modelando a gente se entende.
FAN Recall
Dois produtos vão completar 18 anos em junho. Um deles é o iPhone. O outro, o querido FAN. Não sei se a Apple vai comemorar. Eu vou! Com um recall?!?
No dia 17 de junho, no café da manhã (8:00 - 9:30) e no happy hour (19:00 - 20:30). O evento custa uma doação para uma importante entidade filantrópica de minha terra natal. Vamos conversar sobre os acertos e enganos da Análise de Negócios e do FAN, como não? Mas também precisamos falar sobre o futuro, sobre IAs, protocolos, times híbridos e os conhecimentos e habilidades fundamentais para os novos tempos.
Cotação
Seres humanos, que são quase únicos em sua capacidade de aprender com as experiências dos outros, também se caracterizam por sua resistência em fazê-lo.
Talvez precise trocar de nome, não sei. Mas, tenho certeza, precisa escapar das mãos dos pseudos. Precisa ressuscitar a Cibernética e caçoar dos modelos e métodos ruins. Precisa!
Eu escrevi que desconfio. Não testei. Nem tenho condições de fazer isso (sozinho).
Porque dá um trabalho que nem te conto. Há uma guilda de designers que ainda não entendeu que “a posse de 100 martelos não faz deles melhores carpinteiros”.
Está previsto para setembro um livro que apresenta a combinação de DDD, Wardley e Team Topologies.